terça-feira, 15 de maio de 2012

A VIDA DO OPERARIADO NA REPUBLICA VELHA


Um Operário brasileiro dessa época (1900-1930) trabalhava em média de 10 a 16 horas por dia, não existia folga ou férias remuneradas, leis trabalhistas parecia um sonho inatingível. As fábricas insalubres prejudicavam a saúde dos trabalhadores e os acidentes eram constantes e quase nada era feito para evitá-los, isso sem falar nas mulheres e crianças que trabalhavam por longas jornadas para receber um terço do que ganharia um homem adulto executando a mesma função.

Esse cenário de exploração dos trabalhadores e descaso dos Industriais levou pouco a pouco a criação de inúmeros sindicatos para a defesa dos interesses das mais variadas áreas produtivas, o movimento operário Brasileiro na república velha nasceu em meio à necessidade de se lutar pelos direitos mínimos da classe operária.

Nas famílias operárias da República velha, todos os membros trabalhavam. As crianças menores de doze anos eram impedidas de exercer trabalho remunerado de qualquer tipo em estabelecimentos fabris ou comerciais. Para auxiliar na renda doméstica, faziam biscates. Contudo, na década de 1920, vários estabelecimentos industriais ignoravam a proibição de contratar menores de 12 anos.

Parte da sociedade via os trabalhadores como pessoas predispostas à criminalidade e à revolta, pelas próprias condições em que viviam, que não podiam gerar outra coisa senão a tristeza e o desespero que levavam ao alcoolismo e aos vícios. Enfim, salários mesquinhos, longas jornadas de trabalho, habitações precárias, sem amparo, eram algumas das condições de vida do operariado da Primeira República.

A maioria dos operários trabalhavam em pequenas fabricas que produziam alimentos, bebidas e outras mercadorias destinadas ao consumo cotidiano da população. Estes operários eram imigrantes, principalmente, ou migrantes rurais, isto é, eram trabalhadores que vinham de outros países ou que se deslocavam das áreas rurais decadentes do Brasil para os centros urbanos na tentativa de melhorar de vida.

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