Um Operário brasileiro dessa época (1900-1930) trabalhava em
média de 10 a 16 horas por dia, não existia folga ou férias remuneradas, leis
trabalhistas parecia um sonho inatingível. As fábricas insalubres prejudicavam
a saúde dos trabalhadores e os acidentes eram constantes e quase nada era feito
para evitá-los, isso sem falar nas mulheres e crianças que trabalhavam por
longas jornadas para receber um terço do que ganharia um homem adulto
executando a mesma função.
Esse cenário de exploração dos trabalhadores e descaso dos
Industriais levou pouco a pouco a criação de inúmeros sindicatos para a defesa
dos interesses das mais variadas áreas produtivas, o movimento operário
Brasileiro na república velha nasceu em meio à necessidade de se lutar pelos direitos
mínimos da classe operária.
Nas famílias operárias da República velha, todos os membros
trabalhavam. As crianças menores de doze anos eram impedidas de exercer
trabalho remunerado de qualquer tipo em estabelecimentos fabris ou comerciais.
Para auxiliar na renda doméstica, faziam biscates. Contudo, na década de 1920,
vários estabelecimentos industriais ignoravam a proibição de contratar menores
de 12 anos.
Parte da sociedade via os trabalhadores como pessoas
predispostas à criminalidade e à revolta, pelas próprias condições em que
viviam, que não podiam gerar outra coisa senão a tristeza e o desespero que
levavam ao alcoolismo e aos vícios. Enfim, salários mesquinhos, longas jornadas
de trabalho, habitações precárias, sem amparo, eram algumas das condições de
vida do operariado da Primeira República.
A maioria dos operários trabalhavam em pequenas fabricas que
produziam alimentos, bebidas e outras mercadorias destinadas ao consumo
cotidiano da população. Estes operários eram imigrantes, principalmente, ou
migrantes rurais, isto é, eram trabalhadores que vinham de outros países ou que
se deslocavam das áreas rurais decadentes do Brasil para os centros urbanos na
tentativa de melhorar de vida.
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